Caros leitores,
Após 2 semanas de interregno, devido a uma azia terrível e algum trabalho, chegou a hora de relatar os factos relacionados com o “1º Futsal Cup Cinca”. Nestas 2 últimas semanas viveram-se momentos de terror devido ao aparecimento de crónicas no nosso blogue, feitas por um jornaleiro sem a mínima categoria para o efeito – aliás, o único jeito que se reconhece a esse senhor a nível da escrita é o rabiscar do seu nr. de telemóvel nas casas de banho das estações de serviço das auto-estradas, procurando motoristas GRANDES.
Esse senhor é de um nível tão baixo, mas tão baixo, que para limitar a execução desta edição chegou ao cúmulo de me fanar os documentos que sustentam um relato rigoroso e verdadeiro como é habitual nas minhas crónicas. Distraiu-me com umas bejecas, uns tremoins e uns amendossos e pimba, lá se foram as fichas de jogo.
Mas não me CALAM……há uma coisa que não me conseguem roubar……a minha memória e imaginação.
Considerem esta minha obra de arte da escrita (mais uma), como o direito a resposta a esse texto infame, produzido por esse senhor tb ele infame….ele merece cada motorista grande lhe aparece pela frente.
Vamos á verdade dos factos…..
“O apito amaricado”
Mais um sábado de manhã, desta vez de madrugada…… desta vez aqui o Carlitos pôs-se fininho, e para evitar que alguém me fechasse em casa fiquei a dormir na casota do cão da minha vizinha Esmeralda ….. bem fresquinho meus amigos. Avante…. em frente á Cinca a confusão é geral, com a maioria dos craques a chegar a conta-gotas. Ao fim de uns minutinhos o pessoal lá arrancou para terras de César em direcção ao estádio.
Á espera da caravana estavam uns milhares de (grãos de borracha moída do relvado sintético bem verdinho).
As equipas participantes que estavam a lutar pela original taça em forma de garrafão, com uma boa pomada, eram as seguintes:
(equipas completas estão nas fichas que o morcão que escreveu aquele aborto de texto no nosso blogue, me fanou)
CEX – os ex-Cinca, que estavam em clara vantagem por já não se encontrarem sobre pressão durante a semana de trabalho. Liderados pelo larilas Zé Manel, que depois do fato lilás em Baltar se apresentou, imaginem só, de cor de rosa….. ó amigo, mais vale dizeres logo ao que andas. De salientar que toda a equipa dele se recusou a equipar-se no mesmo balneário com ele.
CCI – os internacionais da Cinca. Estavam com 2 problemas graves, tinham tido um jantar de arromba na noite anterior e o grande, majestoso, imperial e sublime chefe Vítor tinha arranjado mais uma vez uma desculpa esfarrapada para não jogar – olha vejam lá se um ácido úricozito alguma vez faz inchar o dedão do pé – da próxima arranja uma desculpa melhor. Ainda não tinha começado o jogo e já “mancava uno”. Mesmo assim os níveis de confiança estavam elevadíssimos.
CAPA – a malta do armazém de Fiães. Jovens irreverentes, cheios de vontade de mostrar serviço aos experientes das outras equipas, liderados pelo mais insurrecto dos insurrectos, um gajo chauvinista “avec” sotaque franciú chamado Vítor.
CAOS – os clássicos. Pedro Tavares, Fernando Marques e claro, o mágico António Barbosa – os favoritos sem sombra para dúvida, caso desistissem todas as outras equipas. O objectivo desta grande equipa era ficar nos primeiros 5 classificados.
Eram 9.00h da manhã quando se deu inicio ao sorteio que ditou os seguintes jogos:
CEX – CCI (uma final antecipada logo a abrir)
CAOS – CAPA (saiu-lhes a sorte grande….. uma das equipas de mancos iria estar na final)
A primeira meia-final entre os CEX e o CCI (resultado 4-3)ficou logo marcada pela batota. Ainda em fase de aquecimento os CEX contavam apenas 4 jogadeiros (falta de organização – não aprenderam nada na Cinca?), insuficientes para dar início ao jogo. O ar resignado e triste dos CEX apelou-nos ao sentimento, e mais uma vez a bondade e fair-play da equipa dos CCI veio ao de cima, com a cedência de 1 dos nossos craques (o Roger) á equipa dos CEX, liderados pela pantera cor de rosa. Não satisfeitos, os CEX ainda foram buscar mais um craque de uma equipa adversária, o avantajado guarda-redes Pedro Tavares….e foi assim que de 4 passaram a ter 6 jogadeiros. Esta partida foi polémica desde o primeiro segundo…. Podemos resumir os incidentes que decidiram o jogo da seguinte forma:
- aos 10seg de jogo, o MVP habitual destas coisas, ou seja, EU, sofri uma entrada violentíssima que fez com que tivesse de sair em maca. Esta lesão (um estiramento longitudinal do músculo fibiarsico cruzado anterior na coxa direita) fez com que ficasse afastado do resto do torneio (imaginem a cabeça com que um gajo fica – andasse 1 mês a organizar uma merda destas e depois ao fim de 10 seg e sem tocar na chicha fica-se afastado – uma azia que nem vos digo nem vos conto) – pelo menos deram-me uma saca com gelo, ao fim de 10 minutos á espera do Whisky, é que me apercebi que o gelo era para colocar no local lesionado. E de repente “mancava mais uno” – e sobravam 5.
- a arbitragem foi um desastre – o homem do apito (Hélder do CAOS) foi tendencioso ao máximo, beneficiando a equipa dos CEX de uma forma absolutamente escandalosa. Apenas mais tarde percebemos que era táctica….como ele esperava apurar-se para a final no jogo seguinte (como viria a acontecer), queria naturalmente defrontar a equipa mais fácil deste jogo, ou seja, os CEX. Ele foi expulsões, faltas ao contrário, validações de golos e o fechar os olhos a pelo menos 33 (contei eu, isento como sou) penalties a nosso favor. Tb tenho a ligeira impressão que o árbitro tinha um caso qualquer com a Barbie cor de rosa dos CEX…hmmmm. O cumulo aconteceu no último minuto, com o jogo empatado a 3 golos, uma falta claríssima dentro da área dos CEX foi transformada num livre a quase 200m da baliza. Logo de seguida e a 10 segundos do fim, uma falta clara do Pedro Teixeira Pinto sobre o Ricardo dentro da nossa área foi deixada passar em claro, situação que deu no golo da vitória dos “rosinhas”. Uma escandaleira, o chamado “Apito amaricado”.
- os melhores em campo, foram sem sombra de dúvida o guarda-redes Pedro Tavares (dos CAOS) e o Roger (dos CCI), ambos gentilmente cedidos para que os CEX pudessem participar.
A segunda meia-final, entre os CAPA e os CAOS era o jogo mais aguardado por todos, não pelo jogo em si, mas pelo divertimento e riso que os artistas em campo garantiam – é o chamado “divertire, divertire” como diz um agente nosso grego. Grego viu-se o árbitro (EU) deste encontro, para aturar alguns dos artistas da bola….aqui alguns exemplos:
- O Fernando Marques, talvez picado pelas últimas crónicas do nosso jornal que o davam acabado para o Kick-boxing, lembrou-se de voltar aos velhos tempos e distribuir “lenha” a torto e a direito. Conto pelo menos 4 biqueiros nas canelas, 3 cabeçadas e um apertar dos “tintins” aos adversários só nos primeiros 30 segundos do jogo. Da bancada vinham vários ohhhhhs de espanto por esta violência, a não ser de um fulano que equipava de rosa que aquando do apertar dos “tintins” exclamou……”a mim não me calha um camionista destes na cama”. Enfim….paneleirices.
- O Vítor “avec”, com sotaque franciú, capitão dos CAPA, além de não saber dar um pontapé num carro de mato, tem a mania que é durão. Fartou-se de dar porrada, até nos próprios colegas e pior, fartou-se de reclamar com o árbitro por tudo e por nada. Teve a sorte de o árbitro não estar para se chatear, e de o mandar fo…. baixinho. Que seja a última vez!!!
De resto o jogo até não teve grande história, ao fim de algum tempo de equilíbrio (na fase do aquecimento), os CAOS adiantaram-se no marcador e desde logo ganharam uma vantagem que lhes permitiu até gerir os esforços dos craques. A irreverência dos miúdos dos CAPA não foi suficiente para a experiência dos clássicos dos CAOS. O jogo acabou com o resultado de 10-8 para os CAOS com os destaques a serem:
- o árbitro (EU) – como seria de esperar uma arbitragem impecável, sem qualquer falha a apontar. Até das bancadas repletas estive constantemente a receber piropos que mantiveram a minha motivação em alta para conseguir levar o jogo até ao fim.
- O “Fininho” (tem aspecto de checo) dos CAPA fez uma exibição portentosa, mais parecia uma enguia a esgueirar-se entre os adversários, fazendo golos de toda a maneira e feitio. Penso que o facto de vestir uma camisola do grandioso FCP tb ajudou. Pena foi que o capitão da equipa dele, o franciú ressabiado, tenha ficado com ciúmes e o tenha posto no banco durante mais de metade do tempo. Azar….
- O MVP deste jogo foi sem dúvida o mágico António Barbosa. Parece que os anos não passam por ele (só os adversários) e a experiência adquirida durante as últimas 6 décadas fazem o seu efeito. Jogou a central de marcação, e com movimentações inteligentes com os olhos, fez do seu espaço de acção uma área impenetrável para os adversários. Jogou e fez jogar, e notou-se o seu peso (ca.80Kg) quando saiu para descansar (o banco empenou) – a equipa descoordenou-se e permitiu a recuperação dos CAPA. A sua entrada no final do encontro estabilizou novamente a equipa e fez com o jogo fosse ganho com tranquilidade. Um senhor!!!
O jogo para o 3º e 4º lugar opunha as equipas do CCI e dos CAPA. O que parecia ser um jogo entre derrotados, desmotivados tornou-se num lindo espectáculo de wrestling, mas com luta. Ninguém queria ficar no último lugar e ambas as equipas se sentiam injustiçadas. Foi um jogo emotivo, com belas agressões de parte a parte com especial destaque para:
- Carlos Castro – estava tão bem na bancada sossegadinho, mas lembrou-se que tb queria participar na “tourada” e zás, toca a fazer dupla com o franciú da sua equipa. Fica na retina a paulada no Filipe da Informática, que segundo o avec do Vicor nem sequer falta deveria ser pois não partiu nada.
- Vítor Avec – este meio tuga meio franciú decidiu não baixar a fasquia em relação ao primeiro jogo e toca a bater em tudo o que mexe. Fico com dúvidas se será de propósito, pois a capacidade de acertar na bola é tão diminuta, porque raio acerta sempre nas canelas, nos joelhos, nos olhos???? Estranho, não? O lance mais pauliteiro foi com o nosso fininho, um lance de canela com canela em que normalmente uma parte. Por grande pena dos espectadores não partiu nenhuma.
- Ricardo Tavares – mais conhecido pelo Fininho, sabendo que a lua-de-mel na Cinca estava a acabar, decidiu por as garras de fora e enfrentar esta horda de bestas enfurecidas de sorriso na boca. Toca a responder na mesma moeda. Quem o viu no primeiro jogo a enterrar a equipa dele não podia acreditar no que estava a ver agora…….teve de ser assistido após o tal lance de canela com canela com o franciú…..não partiu, mas levou orgulhosamente um “altozinho” de 2 cm na canela para mostrar como marca de guerra aos filhos em casa.
O resultado final foi o que menos interessou o meio disto tudo, mas para a história fica uma vitória dos CCI por não sei quantos.
A grande final veio logo de seguida. Os CEX estavam com mais um problema por resolver, o grandioso guarda-redes Pedro Tavares ganhou juízo e disse não mais querer ser associado a uma equipa de libelinhas, liderada por uma gaja…..ups…..um gajo vestido de cor de rosa – abandonou o barco e passou-se para a equipa dele, os CAOS. Mais uma vez, quem lhes valeu foram os rapazolas dos CCI, que gentilmente lhes cedemos o Paulo, o nosso guarda-redes (ele não queria de forma nenhuma jogar nessa equipa, mas garantimos-lhe que a panterinha cor de rosa não se iria chegar perto dele). E lá começou um jogo sem história, os clássico CAOS sabendo que os CEX chorariam baba e ranho caso não vencessem (e já com fome a pensar no repasto a seguir ao jogo) deixaram-se perder. O resultado final foi muito equilibrado, 12-1 para os Cex e o jogo terminou mais cedo pq já não havia mais números disponíveis no marcador electrónico do recinto.
Apenas destaco um jogador no meio disto tudo:
- Pedro Tavares – ainda em estado de choque por quererem associa-lo á equipa da Barbies a meio do jogo, e após grande discussão com o capitão e mágico António Barbosa, pediu para sair pois estava muito nervoso. Era vê-lo sentadinho no banco a respirar fundo….lindo.
Falta referir ainda que este jogo foi apitado pelo grande mestre chefe Vítor, que para dar um ar internacional á coisa, usou o cognome de Johannes Ludwig, um misto de ar germânico com mafiosidade italiana. Fez um trabalho excelente para quem não percebe merda nenhuma de futebol, muito menos de futsal. Era uma delicia vê-lo a deslizar de um lado para o outro, de apito na boca a ligar mais ao que se passava na bancada do que no jogo.
Após o apito final houve a entrega da taça…. o líder e capitão dos CEX, o rosinha do Zé Manel, completamente descomposto, agarrou no garrafão como se não houvesse amanhã e toca a dar a volta dos vitoriosos ao pavilhão, á boa maneira do João Pinto em Viena no estádio do Prater quando o Porto foi campeão europeu em 87 – caros mouros (vermelhos e verdes), não considerem o facto de eu vos estar sempre a lembrar as grandes vitórias dos dragões como uma provocação, são apenas factos e realidades. E, meus amigos Benfiquistas, não me venham com as tretas de que o Benfica tb já foi campeão europeu…….assistiram a alguma coisa? Áh não……então calem-se e dediquem-se ao canal história e vejam essas montagens rascas a preto e branco.
Resumindo e concluindo….ganharam os batoteiros, levados ao colinho desde o inicio até ao fim!!!!
De seguida parece que houve almoçarada, mas desta vez não me convidaram. Até gostava de saber porquê!!!! Consta-se que foram pratos de massa.
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